O desenvolvimento moral segundo Kohlberg
Apesar das suas limitações, o método que consistia em apresentar verbalmente a crianças e jovens dilemas morais continuou a ser posto em prática nos Estados Unidos por vários psicólogos, tendo sido especialmente utilizado por Kohlberg que o aplicou a uma faixa etária mais abrangente que a de Piaget e numa escala mais ambiciosa.
Confira a seguir:
Psicólogo Estadunidense
Fonte da imagem: Link Origins
Para Kohlberg, os princípios morais são sobretudo construções racionais do sujeito em interacção social. O autor defende que a moralidade é sobretudo um assunto da razão. A essência da moralidade reside no sentido de justiça e não tanto no respeito pelas normas sociais ou morais; tendo mais a ver com questões de igualdade e de reciprocidade nas relações humanas. Em síntese, a moralidade é o respeito pelos princípios morais que podem ser universalizáveis, ou seja, extensíveis a todos, sempre e em quaisquer circunstâncias.
Kohlberg investigou o desenvolvimento do raciocínio moral ao longo de mais de 30 anos e a sua teoria tem-se mostrado influente tanto nas áreas da educação e da criminologia com no domínio da psicologia. O seu trabalho desenvolveu-se a partir da investigação realizada para a sua tese de doutoramento no âmbito da qual iniciou em 1955 um estudo longitudinal sobre 50 indivíduos norte-americanos do sexo masculino, inicialmente entre os 10 e os 26 anos. Estes participantes foram entrevistados de três em três anos. Kohlberg colocou-lhes questões como “porque é que não se deve roubar numa loja?” e apresentou-lhes histórias baseadas em dilemas. De entre os vários dilemas apresentados, o mais famoso é aquele que retrata Heinz e o farmacêutico.
“Numa cidade da Europa, uma mulher estava a morrer de cancro. Um medicamento descoberto por um farmacêutico dessa cidade podia salvar-lhe a vida. A descoberta desse medicamento tinha custado muito dinheiro ao farmacêutico, que agora pedia 10 vezes mais por uma pequena porção desse remédio. Heinz, o marido da mulher que estava a morrer, foi ter com pessoas suas conhecidas para lhe emprestarem dinheiro e, assim, comprar o medicamento. Apenas conseguiu juntar metade do dinheiro pedido pelo farmacêutico. Foi então ter com ele, contou-lhe que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para vender o medicamento mais barato. Em alternativa, pediu-lhe para o deixar com o medicamento, pagando mais tarde a metade do dinheiro que ainda lhe faltava. O farmacêutico disse que não, que tinha descoberto o medicamento e que queria ganhar dinheiro com a sua descoberta. Heinz, que tinha feito tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e estava a pensar assaltar a farmácia e roubar o medicamento para a sua mulher.”
1. Deve ou não Heinz assaltar a farmácia para roubar o medicamento? Porquê?
2. Se Heinz não gostar da mulher deve roubar ou não o medicamento? Porquê?
3. Se a pessoa que estava a morrer não fosse a mulher mas fosse um desconhecido, devia ou não Heinz roubar o medicamento? Porquê?
4. Como deve Heinz roubar o medicamento sabendo que por lei é proibido roubar? (Isto se defender que Heinz deve roubar.)
5. É importante que as pessoas façam tudo o que podem para salvar a vida a alguém? Porquê?
Com base nestas questões e dilemas, Kohlberg postulou três níveis de raciocínio moral cada um deles subdividido em dois estádios, perfazendo um total de seis estádios. Kohlberg formulou a hipótese de que em todas as sociedades os indivíduos progrediriam ao longo destes estádios de forma sequencial (não “saltariam” estádios, nem regrediriam). Formulou igualmente a hipótese de que cada indivíduo se sentiria atraído pela forma de raciocínio imediatamente superior à sua na escala mas que não conseguiria compreender os raciocínios situados em mais de um estádio acima.
Cada um dos três níveis (nível pré-convencional, nível convencional e nível pós-convencional) reflecte uma determinada filosofia, ou orientação moral e um certo modo de distinguir, coordenar e hierarquizar diversas perspectivas ou valores em confronto. Cada um dos níveis, está dividido em dois estádios, sendo que o segundo estádio de cada nível é moralmente mais avançado que o anterior (mais próximo, do ponto de vista moral, racional, universal, de idade; cognitivamente mais complexo do anterior porque diferencia e integra perspectivas de um ponto de vista cada vez mais geral e abstracto).
Na teoria de Kohlberg, é o raciocínio perante um dilema moral, que está subjacente à resposta de uma pessoa e não a resposta em si mesma que indica o estádio de desenvolvimento moral. Se o raciocínio se baseia em factores similares, duas pessoas, que dão respostas opostas, podem estar no mesmo estádio.
Kohlberg investigou o desenvolvimento do raciocínio moral ao longo de mais de 30 anos e a sua teoria tem-se mostrado influente tanto nas áreas da educação e da criminologia com no domínio da psicologia. O seu trabalho desenvolveu-se a partir da investigação realizada para a sua tese de doutoramento no âmbito da qual iniciou em 1955 um estudo longitudinal sobre 50 indivíduos norte-americanos do sexo masculino, inicialmente entre os 10 e os 26 anos. Estes participantes foram entrevistados de três em três anos. Kohlberg colocou-lhes questões como “porque é que não se deve roubar numa loja?” e apresentou-lhes histórias baseadas em dilemas. De entre os vários dilemas apresentados, o mais famoso é aquele que retrata Heinz e o farmacêutico.
“Numa cidade da Europa, uma mulher estava a morrer de cancro. Um medicamento descoberto por um farmacêutico dessa cidade podia salvar-lhe a vida. A descoberta desse medicamento tinha custado muito dinheiro ao farmacêutico, que agora pedia 10 vezes mais por uma pequena porção desse remédio. Heinz, o marido da mulher que estava a morrer, foi ter com pessoas suas conhecidas para lhe emprestarem dinheiro e, assim, comprar o medicamento. Apenas conseguiu juntar metade do dinheiro pedido pelo farmacêutico. Foi então ter com ele, contou-lhe que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para vender o medicamento mais barato. Em alternativa, pediu-lhe para o deixar com o medicamento, pagando mais tarde a metade do dinheiro que ainda lhe faltava. O farmacêutico disse que não, que tinha descoberto o medicamento e que queria ganhar dinheiro com a sua descoberta. Heinz, que tinha feito tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e estava a pensar assaltar a farmácia e roubar o medicamento para a sua mulher.”
1. Deve ou não Heinz assaltar a farmácia para roubar o medicamento? Porquê?
2. Se Heinz não gostar da mulher deve roubar ou não o medicamento? Porquê?
3. Se a pessoa que estava a morrer não fosse a mulher mas fosse um desconhecido, devia ou não Heinz roubar o medicamento? Porquê?
4. Como deve Heinz roubar o medicamento sabendo que por lei é proibido roubar? (Isto se defender que Heinz deve roubar.)
5. É importante que as pessoas façam tudo o que podem para salvar a vida a alguém? Porquê?
Com base nestas questões e dilemas, Kohlberg postulou três níveis de raciocínio moral cada um deles subdividido em dois estádios, perfazendo um total de seis estádios. Kohlberg formulou a hipótese de que em todas as sociedades os indivíduos progrediriam ao longo destes estádios de forma sequencial (não “saltariam” estádios, nem regrediriam). Formulou igualmente a hipótese de que cada indivíduo se sentiria atraído pela forma de raciocínio imediatamente superior à sua na escala mas que não conseguiria compreender os raciocínios situados em mais de um estádio acima.
Cada um dos três níveis (nível pré-convencional, nível convencional e nível pós-convencional) reflecte uma determinada filosofia, ou orientação moral e um certo modo de distinguir, coordenar e hierarquizar diversas perspectivas ou valores em confronto. Cada um dos níveis, está dividido em dois estádios, sendo que o segundo estádio de cada nível é moralmente mais avançado que o anterior (mais próximo, do ponto de vista moral, racional, universal, de idade; cognitivamente mais complexo do anterior porque diferencia e integra perspectivas de um ponto de vista cada vez mais geral e abstracto).
Na teoria de Kohlberg, é o raciocínio perante um dilema moral, que está subjacente à resposta de uma pessoa e não a resposta em si mesma que indica o estádio de desenvolvimento moral. Se o raciocínio se baseia em factores similares, duas pessoas, que dão respostas opostas, podem estar no mesmo estádio.
***
Esperamos que essa postagens tenha sido eficiente. Caso você tenha algum interessante ou opinião não deixe de compartilhar conosco nos comentários!
- FonteLink Origins
Postado em: Psicologia
0 comentários:
Postar um comentário
! Antes de imprimir pense em seu compromisso com o meio ambiente.