O raciocínio moral refere-se ao modo como consideramos certo ou errado
determinado ato e trata-se de um aspecto distinto do comportamento moral. No
entanto, é com frequência que seguimos o nosso raciocínio moral para decidirmos
qual o comportamento a adaptar. Poderíamos, por exemplo, considerar que é correto
enviar dinheiro para ajudar países carenciados e, por conseguinte, decidir
fazê-lo. Porém, também é evidente que nem sempre seguimos a nossa reflexão
moral. Se, por hipótese, recebermos troco a mais num supermercado, poderemos
considerar que é errado ficar com esse dinheiro mas ainda assim não o
devolvermos. É o raciocínio moral que nos ajuda a viver em sociedade, a
integrar-nos mais facilmente no seio de grupos humanos numerosos.
NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL
Nível um (de moralidade pré-convencional)
1) Estádio 1: Moral do castigo
2) Estádio 2: Moral do interesse
Assemelha-se à moralidade heterônoma de Piaget.
NÍVEL PRÉ-CONVENCIONAL
Nível um (de moralidade pré-convencional)
1) Estádio 1: Moral do castigo
2) Estádio 2: Moral do interesse
Assemelha-se à moralidade heterônoma de Piaget.
Kohlberg define-o como o “nível
da maioria das crianças com menos de 9 anos, de alguns adolescentes e de muitos
autores adolescentes e adultos de crimes e infracções.” Neste nível o indivíduo
raciocina em relação a si mesmo e ainda não compreendeu ou integrou totalmente
as regras e expectativas sociais. A justiça e a moralidade reduzem-se a um
conjunto de regras externas, a que se obedecem para evitar o castigo ou para
satisfazer os desejos concretos e individualistas.
NÍVEL CONVENCIONAL
- Nível dois (de moralidade convencional)
1) Estádio 3: a moral do coração
2) Estádio 4: a moral da lei
Este nível expressa o nível moral dos sujeitos que já interiorizaram as normas e expectativas sociais. Este é “o nível da maioria dos adolescentes e adultos tanto da nossa sociedade como em outra sociedades.” Este nível é tipicamente atingido depois dos 10 anos; muitas pessoas, mesmo na idade adulta, nunca vão além deste nível. Neste nível o indivíduo considera correto aquilo que está conforme e que respeita as regras, as expectativas e as convenções da sociedade. O sujeito procura assim viver de acordo com o que é socialmente aceite e partilhado. As pessoas internalizaram os padrões das figuras de autoridade, estão preocupadas como ser “bom”, agradar aos outros e manter a ordem social. Há uma tendência para agir de modo a ser bem visto aos olhos dos outros, ou a merecer o seu respeito e consideração (orientação para uma moralidade interpessoal).
NÍVEL PÓS-CONVENCIONAL
Nível Pós-Convencional
Nível três (de moralidade pós-convencional)
1) Estádio 5: a moral do relativismo da lei
2) Estádio 6: a moral da razão universal
Este nível “é atingido por uma minoria dos adultos e é normalmente alcançado após os 20 anos”. Um indivíduo situado neste nível compreende e aceita as regras da sociedade na sua globalidade, mas apenas porque primeiramente aceitam determinados princípios morais gerais que lhes estão subjacentes. No caso de um desses princípios entrar em conflito com as regras da sociedade, o indivíduo julgará com base nesse princípio e não na convenção social (compreende as normas na sua relatividade). Assim, o valor moral das ações depende menos da sua conformidade às normas morais e sociais vigentes e mais da sua conformidade a princípios éticos universais: direito à vida; liberdade e justiça. São regras de ação cuja finalidade última é garantir que esses princípios éticos universais sejam respeitados em contextos concretos. Caso tal não aconteça, as leis devem ser transformadas e, em última instância, desobedecidas.
Manutenção da sociedade → moralidade convencional
Transformação da sociedade → moralidade pós-convencional
O controlo do comportamento é agora interno, quer nos padrões observados, quer no raciocínio acerca do certo e do errado.
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