A psicanálise, enquanto terapia , é um método de exploração
do inconsciente.
A hipnose foi a primeira técnica que
J. Breuer e depois Freud utilizou. Este último desenvolveu e aplicou outras
técnicas para atingir os mesmos objetivos:
-Associações Livres. Consiste em pedir aos pacientes
para dizerem os que lhes ocorre, sem qualquer constrangimento. O objetivo é que
o paciente se autoanalise, descobrindo as questões que lhe provocam alguma
resistência. O psicanalista toma nota de todas as perturbações em função do
encadeamento das associações realizadas pelo paciente, tentando deste modo
identificar os fenómenos inconscientes que estão na base das neuroses.
- Interpretação do Sonhos. Os sonhos
são uma das manifestações mais ricas do inconsciente, ainda que estes se
apresentem numa forma simbólica. A sua interpretação permite a descoberta das
causas profundas das situações traumáticas.
-Atos Falhados. Nas mais diversas situações, todos
nós somos afetados por certas perturbações mentais, nas quais não nos
recordamos, por exemplo, de nome de pessoas nossas conhecidas, trocamos
palavras, ouvimos coisas que não foram ditas, etc. A análise destes atos
falhados é outra das técnicas utilizadas na psicanálise.
- Transferências. Durante o tratamento o
paciente estabelece com o psicanalista relações que lhe permitem reviver
situações traumáticas. Nestas, os sentimentos de amor ou de ódio que em tempos
foram experimentados, são transferidos para o psicanalista. A interpretação
destas transferências torna-se assim num dos elementos fundamentais que
pode levar à descoberta das situações traumatizantes.
Estas e outras técnicas utilizadas
na Psicanálise devem ser vistas como complementares, podendo num dado momento
umas serem mais usadas que outras.
A psicanálise apesar do lugar
incontornável na psicologia, continua a ser alvo de inúmeras críticas,
nomeadamente sobre a precariedade do seu método científico.
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