CORRENTES DA PSICOLOGIA

Estruturalismo 

O estruturalismo baseia-se na extracção de sensações e sentimentos a partir da experiência, isto é, estuda os fenómenos da consciência. O grande fundador desta corrente foi Wilhelm Wundt.

De uma certa forma, o estruturalismo aplica-se no desporto, pois é crucial um treinador tentar perceber o estado mental do seu atleta, visto que o psicológico influência a performance de cada um e, por isso, cabe ao professor/treinador tentar descodificar o estado mental do atleta para poder intervir.

Funcionalismo 

O funcionalismo está relacionado com a adaptação do ser humano às exigências provenientes do meio que o rodeia. Segunda esta corrente, o objectivo da psicologia era estudar a consciência continuamente no intuito de descobrir “o que fazem os homens?” e “porquê?”.

O seu grande fundador foi William James, que considera que o ser humano usa a mente para se adaptar ao meio. Este processo de adaptação às exigências aplica-se no desporto, pois em clubes desportivos ou ginásios (entre outras instituições desportivas) existem regras diferentes, treinadores com métodos diferentes, companheiros diferentes e nós, enquanto atletas, temos de nos incorporar no sistema de cada um.

Behaviorismo

O behaviorismo apõe-se ao estruturalismo, visto que se ocupa apenas dos comportamentos observáveis. A ideia estruturalista era criticada, pois para John Watson (fundador do behaviorismo) a consciência humana não podia ser testada por observadores, na medida em que estes possuem características distintas.

Esta corrente, no desporto, não pode ser levada a cabo como única, pois os atletas, por vezes, transparecem o seu estado emocional e físico e, assim, o treinador saberá agir consoante esses factos observáveis. Contudo, os atletas nem sempre o fazem e cabe ao treinador olhar mais além na perspectiva de conhecer aquilo que o seu atleta possui oculto.

“Os actos mais complicados da vida não são mais que combinações destes simples padrões de comportamento de estímulo-resposta.”

Curiosidade:

O vídeo abaixo, mostra alguns dos princípios de John Watson e a sua teoria. Aqui, demonstra também uma experiência que realizou com o menino Albert.

Gestaltismo

O gestaltismo defende a necessidade de se compreender o homem como um todo. Os seus fundadores defendem que o nosso comportamento depende e varia de acordo com aquilo que percepcionamos. Então, qualquer fenómeno psicológico é uma totalidade organizada, não redutível à soma dos elementos que a compõe, a percepção dos objectos é diferente da percepção do somatório dos elementos que a constituem.

Curiosidade:

No vídeo abaixo encontram-se algumas imagens com os princípios de Gestalt.

Psicanálise

A psicanálise engloba tudo aquilo que não está ao alcance da consciência, ou seja, o inconsciente e, por isso, busca o fundamento oculto dos comportamentos e processos mentais. O inconsciente é imune ao tempo, isto é, não “esquece” nada, pois todos os incidentes da história de vida de cada um ficam retidos.

Freud (fundador da psicanálise) descobriu que existe uma sexualidade infantil: o psíquico do ser humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento, confrontam os instintos sexuais e a realidade. Então, em termos psicanalíticos, somos resultado da história da nossa infância. 

Construtivismo 

No construtivismo, a relação do sujeito com o meio explica o desenvolvimento intelectual de cada um, estimulando, assim, o desenvolvimento da inteligência. Esta corrente apoia-se em estruturas cognitivas que se vão organizando em estádios com sucessão regular, flexível e cada vez mais complexa.

Piaget centrou-se no desenvolvimento da inteligência infantil, “analisando os erros cometidos pelos alunos do ensino primário na realização de testes, verificando que estes eram semelhantes, obrigando-o a explicar o pensamento das crianças com qualidades diferentes do pensa

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