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terça-feira, 26 de abril de 2016

Um breve resumo sobre Psicologia Cognitiva

Resumo: A Psicologia Cognitiva é uma área de conhecimento que se propõe em estudar como as pessoas são capazes de perceber, aprender, lembrar e pensar sobre determinadas situações da vida. A tarefa do psicólogo cognitivo é descobrir leis que estabeleçam conexões entre o comportamento e a variedade de aspectos e elementos com os quais o comportamento está relacionado. A Psicologia Cognitiva moderna se insere num movimento mais amplo, o das chamadas “ciências cognitivas” e pretende estudar, dentre outras coisas, a relação entre os processos cognitivos e o comportamento humano.
Palavras-Chave: cognitivismo, psicologia cognitiva, ciências cognitivas, modelos mentais;
Considerações Iniciais

Entende-se que a psicologia é uma ciência que abrange várias áreas de atuação e conhecimento, bem como o modelo clínico, social, educacional, das relações de trabalho, etc. E desenvolve trabalhos nos campos: social, afetivo, patológico e também através de uma atuação pautada na perspectiva de uma psicologia cognitiva.
A Psicologia Cognitiva é uma área de conhecimento que se propõe em estudar como as pessoas são capazes de perceber, aprender, lembrar e pensar sobre determinadas situações da vida, ou seja, se propõe a estudar os processos mentais dos indivíduos. O psicólogo que atua no campo cognitivo está apto a entender como as pessoas percebem os fenômenos ou porque algumas pessoas lembram com mais facilidade de um fato e outras esquecem mais facilmente, dentre outras atribuições.
No intuito de caracterizar esse trabalho, diz-se que essa é uma área da psicologia que tem por finalidade estudar o pensamento, a percepção, a memória, a fim de analisar como o sujeito percebe o mundo e de que modo desenvolve as funções cognitivas tais como: falar, resolver problemas, memorizar, raciocinar, etc.
Em suma, a psicologia cognitiva apresenta algumas divergências no tocante às outras abordagens da psicologia, tendo em vista que refuta a idéia da introspecção, adotando um modelo positivista como método de investigação científica. Nesse sentido, a psicologia cognitiva trabalha com a idéia de que há estados mentais internos, ou seja, as crenças, as motivações e tais estados mentais soam em desencontro com a psicologia comportamental.
Na atualidade, existem algumas áreas de conhecimento que se comunicam com a ciência cognitiva, bem como a inteligência humana, a atenção, a percepção visual e auditiva, a inteligência artificial, a linguagem, o esquecimento, a lembrança, etc.
Como Surgiu o Conceito de Psicologia Cognitiva?

O surgimento da psicologia cognitiva moderna se insere num movimento mais amplo, o das chamadas “ciências cognitivas” (Soares, 1993).
Uma das abordagens mais recentes é o Cognitivismo, que se apóia a partir da crença de que o comportamento humano pode ser compreendido através de como as pessoas pensam. Com base nisso, a psicologia cognitiva surge utilizando uma análise quantitativa para estudar os processos e funções mentais.
Alguns dos fatores desencadeantes do movimento cognitivista foram, por um lado, o fracasso do behaviorismo em explicar os aspectos mais elevados do comportamento humano a partir do paradigma estímulo-resposta (E®R) e, por outro, pesquisas como aquelas realizadas por Miller, Boadbent, Cherry, e Bruner (Gardner apud RODRIGUES et al, 2009).
Desta forma, a psicologia cognitiva considera o modelo linear E-R limitante, insuficiente e consequentemente inadequado para explicar o comportamento humano, procurando substituí-lo por um esquema mais complexo e elaborado que considera de forma circular esta relação diádica entre organismo e estímulos. O organismo tem papel relevante e ativo, um sistema capaz de elaborações complexas, tais como: efetuar escolhas dentre os elementos relevantes de uma dada situação, utilizar estratégias alternativas, armazenar seletivamente informações, operar transformações sobre os elementos de forma a elaborá-los apropriadamente, operando os resultados dessas elaborações e não apenas operações ligadas e determinadas, aprioristicamente, pelos estímulos de entrada (SPINILLO, 1989).
Portanto, um fator de destaque para a psicologia cognitiva em seu processo de surgimento e construção é a insatisfação com o modelo comportamental e a iniciativa de fomentar um arcabouço teórico visando especificar os processos mentais do organismo a fim de indicar as fases e as funções que são desenvolvidas nesse processo.
Atribuições do Psicólogo Cognitivo

De acordo com SPINILLO (1989) a tarefa do psicólogo cognitivo é descobrir leis que estabeleçam conexões entre o comportamento e a variedade de aspectos e elementos com os quais o comportamento está relacionado, procurando encarar o problema de forma mais abrangente.
O psicólogo cognitivo trabalha com a perspectiva de estudar quais os meios que o indivíduo organiza um conhecimento, como também de que forma esse conhecimento é utilizado a fim de direcionar ou planejar determinadas ações. Este trabalho categorizado é fundamental para compreensão e atuação sobre tal realidade.
Assim, o psicólogo cognitivo estuda não só a forma como as informações externas são extraídas, mas, especialmente, como estas informações são conceitualizadas e organizadas internamente, para então serem utilizadas de maneira eficaz. Podemos acrescentar, ainda, que está preocupado com aspectos que implicam elaborações internas, partindo do pressuposto de que a resposta dada à determinada situação-estímulo sofreu algum tipo de elaboração dentro do indivíduo, e que esta elaboração não depende apenas do estimulo externo apresentado, mas de processos mentais internos presentes na mente do indivíduo em um momento determinado do seu desenvolvimento e em função de elaborações anteriores que tenham sido efetuadas (SPINILLO, 1989).
Explicando a partir de uma ótima mais tradicional, compete ao psicólogo cognitivo estudar atividades que dizem respeito à memória, à percepção, à imagem mental, ao raciocínio, a aprendizagem, etc. Esse trabalho visa dar conta dos mecanismos mentais que agem quando se percebe, memoriza ou se elabora um dado objeto.
Algumas Considerações Sobre a Psicologia Cognitiva

Na tentativa de compreender a amplitude da Psicologia Cognitiva torna-se relevante argumentar acerca dos modelos mentais, que se configuram como as imagens, as abstrações, os pressupostos e histórias que estruturam nossa mente. Desse modo, tais imagens, histórias, idéias enquadram o modo de ser de cada sujeito, de perceber as outras pessoas, e tudo que está em sua volta, inclusive os sentimentos, denominando-se assim cognições.
Para PALMA (2009) pode-se entender as cognições como um conjunto de conhecimentos ou crenças. A partir disso, a pessoa estabelece um conjunto de estratégias que utiliza para aprimorar sua relação com o meio. Assim, as cognições são pensamentos ou auto-afirmações atuais de uma pessoa, bem como suas percepções, avaliações, atitudes, lembranças, objetivos, padrões, valores, expectativas e atribuições. Tem-se então, as estratégias mentais que vão sendo construídas e desenvolvidas.
Gardner apud SENGE (2002) afirma que nossos modelos mentais determinam não apenas a forma como entendemos o mundo, mas também como agimos. Os modelos são ativos, moldam nossa forma de agir. Se temos a crença de que não podemos confiar nas pessoas, agimos de forma diferente do que agiríamos se acreditássemos que são dignas de confiança. Felizmente, por mais distorcidos que sejam nossos modelos mentais, há sempre a possibilidade de alteração.
Para bem compreendermos os modelos mentais cabe ressaltar alguns aspectos, assim como enfatizar que esse modelo determina o que visto e sentido. Entretanto, não são estáticos, podem ser aperfeiçoados a fim de estar a serviço de uma melhor adaptação em prol de propiciar um bem estar e adaptabilidade.
Considerações Finais

Em conclusão, pode-se considerar que a psicologia cognitiva é uma área que objetiva estudar as funções e processos mentais do sujeito, bem como a memória, percepção, atenção, raciocínio. Desse modo, enfatiza-se que o interesse da psicologia cognitiva recai sobre a natureza do conhecimento, com base em estudos empíricos. A partir desse estudo foi possível conhecer as motivações e os interesses para o surgimento desse saber psicológico, entender algumas considerações sobre essa área e ainda tecer algumas considerações sobre o manejo dessa profissional que trabalha especificamente com a cognição. Partindo desse pressuposto, acredita-se que esse trabalho trará um esclarecimento inicial a respeito do que se configura psicologia cognitiva e quais contribuições esse conhecimento traz para a sociedade.

Sobre o Autor:

Alex Barbosa Sobreira de Miranda - Departamento de Psicologia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Teresina, PI, Brasil.

Referências:

PALMA, D. L. A Psicologia Cognitiva e Mediação Informacional Como Facilitadoras de Novas Atitudes No Comportamento Organizacional, 2007.
SENGE, P. A Quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. (10° ed.). São Paulo: Editora Best Seller, 2002.
SOARES, A . O que são ciências cognitivas. São Paulo: Brasiliense(Coleção Primeiros Passos), 1993.
SPINILLO, Alina Galvão; ROAZZI, Antônio. A atuação do psicólogo na área cognitiva: reflexões e questionamentos. Psicol. cienc. prof.,  Brasília,  v. 9,  n. 3,   1989 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931989000300008&lng=en&nrm=iso>. access on  25  Feb.  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98931989000300008.
RODRIGUES, C,M.L; LOPES,  E.J. A Psicologia Cognitiva no Brasil: Um Panorama dos Anos 90. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, 2009.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O mundo assombrado pelos demônios

Somos programados para acreditar em Deus? Psicólogos, filósofos, antropólogos e neurocientistas sugerem possíveis explicações para a nossa disposição natural de acreditar, e para o poderoso papel que a religião parece ter em nossas vidas emocionais e sociais.

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A religião – a crença em seres sobrenaturais, incluindo deuses e fantasmas, anjos e demônios, almas e espíritos – está presente em todas as culturas e permeia toda a História.
A discussão sobre a vida após a morte remonta a, pelo menos, 50.000 a 100.000 anos atrás.
É difícil obter dados precisos sobre o número de crentes de hoje, mas algumas pesquisas sugerem que até 84% da população do mundo são membros de grupos religiosos ou dizem que a religião é importante em suas vidas.
Vivemos em uma era de um acesso ao conhecimento científico sem precedentes, o que alguns acreditam que é incompatível com a fé religiosa. Então, por que a religião é tão difundida e persistente?
Os psicólogos, filósofos, antropólogos e até mesmo os neurocientistas sugerem possíveis explicações para a nossa disposição natural de acreditar, e para o poderoso papel que a religião parece ter em nossas vidas emocionais e sociais.
Morte, cultura e poder
Mas antes de falar das teorias atuais, é preciso entender como surgiram as religiões e o papel que elas tiveram na vida de nossos ancestrais.
As primeiras atividades religiosas foram em resposta a mudanças corporais, físicas ou materiais no ciclo da vida humana, especialmente a morte.
Os rituais de luto são uma das mais antigas formas de experiência religiosa. Muitos de nossos antepassados não acreditavam que a morte era necessariamente o fim da vida – era apenas uma transição.
Alguns acreditavam que os mortos e outros espíritos podiam ver o que estava acontecendo no mundo e ainda tinham influência sobre os eventos que estão ocorrendo.
E essa é uma noção poderosa. A ideia de que os mortos ou até mesmo os deuses estão com a gente e podem intervir em nossas vidas é reconfortante, mas também nos leva a ter muito cuidado com o que fazemos.
Os seres humanos são essencialmente sociais e, portanto, vivem em grupos. E como grupos sociais tendem à hierarquia, a religião não é exceção.
Quando há um sistema hierárquico, há um sistema de poder. E em um grupo social religioso, a hierarquia localiza seu membro mais poderoso: a divindade – Deus.
É para Deus que temos de prestar contas. Hoje em dia, a religião e o poder estão conectados. Estudos recentes mostram que lembrar de Deus nos faz mais obedientes.
Até em sociedades que reprimiram a fé, surgiu algo que tomou seu lugar, como o culto a um líder ou ao Estado.
E quanto menos estável é um país politica ou economicamente, mais provável que as pessoas busquem refúgio na religião. Os grupos religiosos podem, ao menos, oferecer o apoio que o Estado não fornece a quem se sente marginalizado.
Assim, fatores sociais ajudam a desenvolver e fortalecer a fé religiosa, assim como a forma como nos relacionamos com o mundo e com os outros.
Outras mentes
Em todas as culturas, os deuses são, essencialmente, pessoas, mesmo quando têm outras formas.
Hoje, muitos psicólogos pensam que acreditar em deuses é uma extensão do nosso reconhecimento, como animais sociais, da existência de outros. E uma demonstração da nossa tendência de ver o mundo em termos humanos.
Nós projetamos pensamentos e sentimentos humanos em outros animais e objetos, e até mesmo nas forças naturais – e essa tendência é um dos pilares da religião.
Assim argumentou-se que a crença religiosa pode ser baseada em nossos padrões de pensamento e de cultura humana. Alguns cientistas, no entanto, foram além e analisaram nossos cérebros em busca do lendário “ponto Deus“.
Deus no cérebro
Os neurocientistas têm tentado comparar os cérebros dos crentes e ao dos céticos, para ver o que acontece no nosso cérebro quando rezamos ou meditamos. Se conhece pouquíssimo sobre esse campo – mas há algumas pistas, especialmente no que diz respeito às aéreas cerebrais.
O córtex pré-frontal medial está fortemente associado com a nossa capacidade e tendência para entender os pensamentos e sentimentos dos outros. Muitos estudos têm mostrado que esta região do cérebro está especialmente ativa entre os crentes religiosos, especialmente quando estão rezando. Isso corrobora a visão de que a fé religiosa é uma forma de interação social.
Já o lobo parietal, de acordo com estudos pode estar envolvido em experiências religiosas, especialmente aquelas caracterizadas com a dissolução do ego.
Pontuando a vida
Na medida em que estamos constantemente à procura de padrões, estruturas e relações de causa-efeito, a religião pode fornecer uma variedade de estratégias para que essa busca faça sentido.
As crenças religiosas ajudam os seres humanos a se organizar e dar sentido a suas vidas. E em todas as culturas, e até mesmo entre ateus, os rituais podem ajudar a pontuar eventos importantes da vida.
Embora nem a neurociência, nem a antropologia e nem filosofia tenham uma resposta definitiva para a questão “Deus existe?”, todas essas disciplinas dão pistas sobre como nós respondemos às nossas mais profundas necessidades humanas.
Talvez não sejamos programados para acreditar em Deus ou em um poder sobrenatural, mas somos animais sociais com uma necessidade evolutiva de ficar conectado com o mundo e com os outros.
De repente, as religiões são apenas canais para permitir essas conexões.

By
Francesca Stavrakopoulou, BBC

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