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quinta-feira, 28 de maio de 2015

MULHERES QUE “SUGAM” A PERSONALIDADE DOS PARCEIROS

CONHEÇA HISTÓRIAS DE MULHERES QUE “SUGAM” A PERSONALIDADE DOS PARCEIROS

Na busca de um grande amor, algumas de nós anulam a própria personalidade para se moldar à do parceiro. Mas será que essa estratégia dá certo?
 Confira a seguir:

VOCÊ É DO TIPO ESPONJA?

Fonte da imagem: Thomas Kremer
Você já se pegou usando a camiseta de uma banda da qual nem gostava só para agradar a turma do namorado?  Você já se pegou usando a camiseta de uma banda da qual nem gostava só para agradar a turma do namorado? 
Claudinha* foi uma das mulheres mais importantes que passaram pela minha vida, mas eu a perdi para um cara. Não, não havia nenhum envolvimento amoroso entre nós. Ela era minha melhor amiga, daquelas com quem se compartilha tudo da adolescência: a angústia de não saber o que fazer da vida, o saco cheio com as cobranças dos pais, as alegrias e as decepções trazidas pelas primeiras paixões.

Uns anos depois que nos formamos na faculdade, ela começou a namorar um colega do trabalho, o Ricardo*, com quem ficou por três anos. E foi então que a perdi. O Ricardo tinha um temperamento difícil, ou melhor, impossível. Arrogante, ciumento e mandão, seu esporte preferido era emitir opiniões completamente equivocadas sobre a “boa conduta feminina”.

“Mulher minha não se veste assim” e “mulher minha não frequenta esses lugares” eram algumas das  pérolas ditas pela criatura, que alguma máquina do tempo havia despachado direto dos anos 50 para nossas vidas. No entanto, a repulsa que o Ricardo me causava era inversamente proporcional à paixão que despertava em minha amiga.

Para agradá-lo, a Claudinha passou a se vestir com mais recato, deixou de ir às baladas que curtíamos e rompeu amizade com algumas meninas da nossa turma que ela passou a chamar de “rodadas”.

“Nossa cultura estimula as mulheres a se moldarem para não afrontar a vaidade masculina"
Fred Mattos, piscólogo
O Ricardo também era pão-duro – do tipo que conta cada centavo na divisão da conta do bar ou prefere demitir um funcionário a dar um aumento justo. Coisa que ela também passou a fazer: economizava em tudo e tirar pequenas vantagens financeiras passou a ser uma obsessão. Mas o pior para mim era ver a Claudinha repetindo as bobagens machistas que o namorado dizia.

Era doloroso ver uma pessoa tão querida se anular daquela forma. A gota d’água foi um comentário dela depois que terminei um namoro. “Amiga, para segurar um homem, temos que fazer grandes concessões”, disse-me, enquanto checava na conta do restaurante se haviam excluído os 10% do serviço, como ela havia pedido – sem fundamento algum para isso.

Por muitos anos, tive raiva da Claudinha, mas também entendi que aquele comportamento – em escalas maiores ou menores – é bem comum entre nós, mulheres. Quem nunca virou torcedora fanática de um time de futebol só para impressionar aquele gato e transformar o casinho em relacionamento sério? Quem nunca vestiu a camiseta preta de uma banda metaleira que nem curtia só para estar ao lado do namorado em um show?

Convictas de que uma história de amor “para sempre” é aquela na qual o casal “nasceu um para o outro”, algumas de nós absorvemos como esponjas os gostos, os hobbies, as ideias e o comportamento do homem que amamos. E, em casos mais graves, abrimos mão da própria identidade, como explica o psicólogo Fred Mattos, autor do livro "Relacionamento para Leigos" (Alta Books, 432 págs., R$ 70).

“Nossa cultura estimula as mulheres a se moldarem para não afrontar a vaidade masculina, que é sensível a contrariedades. Por temor de ficarem solteiras ou serem deixadas, as mais inseguras acabam distorcendo suas personalidades.”

“Mudei tanto que já não sabia direito quem era"
Monique*, engenheira carioca
Foi o que aconteceu com a engenheira carioca Monique*, 28 anos. Quando namorava o professor paulista Sérgio*, 45, ela deixou de se divertir nas festas de música eletrônica que costumava frequentar e até de praticar escalada, esporte que tinha em comum com sua turma da faculdade. Nos três anos de romance, a engenheira passou a ir – feliz da vida – a saraus de poesia e degustações de vinho, que eram mais a praia do namorado.
“Sérgio era mais velho e fazia parte de uma galera muito culta. Fiz de tudo para ser a mulher que ele sonhava”, admite. A transformação pela qual Monique se obrigou a passar incluiu até o visual – ela trocou os tops e jeans a que estava habituada por modelos de alfaiataria conservadores.

“Eu também repetia as opiniões dele mesmo quando discordava”, recorda. Quando o namoro terminou, a engenheira ficou sem chão. “Havia mudado tanta coisa em mim que já não sabia direito quem era.”

Baixa autoestima e personalidade fraca nem sempre são as causas desse comportamento camaleônico. Segundo a psicanalista Malvine Zalcberg, autora do livro "Amor Paixão Feminina" (Campus, 199 págs., R$ 54), algumas das mulheres esponja são até poderosas, bem-sucedidas em suas carreiras e têm um estilo marcante. Mas falta a elas autoconfiança no campo amoroso.

“Algumas 'vestem' a pele do parceiro a cada nova relação. É como se mudasse a letra, mas não a música"
Malvine Zalcberg, psicanalista
Ao incorporar os valores do homem que ama, a esponja se sente duplamente reconhecida: pelo parceiro e pelo meio em que ele vive e é valorizado”, diz a psicanalista. “Elas são muito frágeis e sofrem demais quando a relação termina porque não perderam apenas um namorado ou um marido. Perderam também uma estrutura de vida em torno daquele homem.”

É exatamente essa sensação que Monique descreve ao falar do fim do namoro com Sérgio. “Sentia-me perdida e não conseguia nem escolher um prato no restaurante sozinha”, recorda. Desde o rompimento, há dois anos, Monique teve alguns casinhos, mas nenhum romance para valer. A maior preocupação da engenheira é não repetir a conduta que teve na relação passada. “Na terapia, me dei conta do quanto ter me tornado uma ‘esponja’ me fez mal.”

RESGATE-SE, CAMALEOA
Nem toda “mulher esponja” consegue abandonar o padrão camaleônico de comportamento após a primeira decepção amorosa. Algumas “vestem” a pele do parceiro a cada nova relação. “É como se mudasse a letra, mas não a música. Enquanto não curam certas necessidades emocionais, como carência e falta de autoestima, as ‘esponjas’ continuam repetindo a estratégia de se moldar à personalidade do homem por quem se apaixonam”, diz Malvine.

SAIBA MAIS
Casal vê vídeo antigo e descobre que se cruzaram, ainda crianças, 16 anos antes de se conhecerem
O publicitário paulistano Denis*, 35, estranhou uma das frases que ouviu de sua ex-sogra quando o namoro de dois anos com a também publicitária Marisa*, 34, chegou ao fim. “Ela me ligou para lamentar que eu já era da família e terminou a conversa assim: ‘Uma pena, porque minha filha custou tanto para achar um rapaz que fosse uma boa influência para ela...’"

Então lembrei que, de fato, a Marisa sempre ia na onda dos namorados”, conta o publicitário referindo-se à ex. “Nós fomos só amigos por mais de dez anos antes de nos apaixonarmos e eu acompanhei inúmeras dessas mudanças dela, sempre que começava a se interessar por alguém.”

Denis conta que Marisa teve a fase “nerd”, quando namorou um estudante de Física, e a “roqueira”, ao se envolver com o baterista de uma banda indie. “Ela também havia tido um casinho com um cara que gostava de rachas de carro. Lembro que nessa época só falava em motor ‘tunado’, qual fazia a maior velocidade em um tempo mais curto e virou perita no assunto”, recorda. “Morria de medo que ela se acidentasse numa dessas corridas.”

“Ela repetia até minhas opiniões. Perdi o tesão"
Denis*, 35, publicitário paulistano
Segundo o publicitário, apesar da conduta “camaleoa no amor”, Marisa tinha opiniões fortes e uma personalidade leve e divertida. “Foi isso que me fez amá-la. Mas, com o tempo, ela virou uma mulher submissa, que só me seguia. Até a página do Facebook dela parecia uma cópia da minha. Nas últimas eleições para presidente, chegou a declarar voto no Aécio Neves, que era o meu candidato – sendo que a vida inteira a Marisa se disse petista!”, afirma. “Isso me tirou o tesão.”

No entanto, diferentemente de Denis, alguns homens se deixam envolver pelos 50 tons de nude das mulheres esponja por longos períodos. São os chamados “parceiros-sintoma”, como explica Malvine. “São aqueles que gostam de ter a parceira apagada, admirando-o e orbitando à sua volta em tempo integral. É uma relação onde um preenche o buraco emocional do outro, até a hora que os dois se sintam sufocados”, diz a psicanalista.

“O amor entre a ‘esponja’ e o ‘sintoma’ pode até acabar, mas terminar a relação é mais difícil para eles, pois criam juntos uma dinâmica de dependência psicológica nada saudável.”

O psicólogo Fred Mattos afirma que a estratégia furta-cor das “mulheres esponja” em busca da felicidade no amor é uma péssima jogada. É importante que os casais tenham características e objetivos em comum – mas as diferenças ajudam a fortalecer o romance.

“São elas que criam contrastes interessantes, pontos de vista diversos, maneiras diversificadas de solucionar problemas. Preservar aspectos da personalidade é essencial para que a pessoa consiga ter fôlego no relacionamento”, explica.

“É muito mais simples se anular e deixar todas as decisões importantes para o parceiro. Mas o tempo acaba revelando o efeito colateral de uma personalidade enjaulada.” Porque ceder em alguns pontos faz parte de toda relação, mas anular-se jamais!

*Os nomes foram trocados a pedido dos entrevistados
***
Esperamos que essa postagens tenha sido eficiente. Caso você tenha algum interessante ou opinião não deixe de compartilhar conosco nos comentários!

Jornalista foi parar no hospício

"Tudo começou a desmoronar"
Da redação de Marie Claire

Susannah em foto atual e, à direita, em imagem de vídeo durante sua internação no NYC Langone (Foto: Mike McGregor / Getty Images e Reprodução)
Tudo começou com uma picada de percevejo – o inseto parasita que, na última década, se infiltrou até nas melhores camas de Nova York. Antes de ser picada por um, no início de 2009, a americana Susannah Cahalan tinha tudo o que uma jovem de 24 anos costuma querer na metrópole: um emprego promissor (era repórter do famoso jornal New York Post), um namorado músico, amigos DJs que a convidavam para baladas e um pequeno apartamento só para ela em Hell’s Kitchen, bairro com vida noturna agitada.

Um dia, antes de sair para o trabalho, viu uma marquinha roxa no braço e se convenceu de que era mais uma vítima da infestação de percevejos da cidade. Não havia nada ali, garantiu um dedetizador, mas Susannah não acreditou e ordenou a aplicação de veneno em todos os cômodos. Foi a primeira atitude estranha de uma série que a levaria totalmente para fora de si.

Logo viriam uma crise atípica de ciúme, choros repentinos no meio da redação, surtos paranoicos, alucinações e uma internação no hospital, de onde tentaria escapar agredindo enfermeiros.

Ninguém, nem mesmo os médicos, podia entender como Susannah havia se transformado em tão pouco tempo – um a diagnosticou como bipolar, outro sugeriu que largasse a bebida. Durante o tempo que passou na ala de epiléticos do hospital universitário NYU Langone, seu estado foi de agressivo a catatônico, e Susannah passou a babar e grunhir como um zumbi em vez de se comunicar.

Seu quadro se encaminhava para um coma com risco de morte quando um neurologista fez um pequeno teste que mudou tudo. Susannah tinha uma inflamação rara no cérebro causada por um tumor de ovário, uma correlação de sintomas identificada, até então, em apenas 216 outras pessoas no mundo – e sem qualquer relação com a tal picada de percevejo.

Em resumo, seu corpo estava atacando o cérebro numa reação autoimune ao tumor, o que causava a mudança de comportamento.

A recuperação foi lenta (um ano e meio), mas total. Sobre a experiência, a jornalista escreveu "Insana" (Belas Letras, 300 págs., R$ 39,90), livro que foi parar no topo da lista de mais vendidos do jornal The New York Times e acaba de ser lançado no Brasil. A obra vai virar filme em 2016, com a atriz Dakota Fanning no papel principal e Charlize Theron como produtora. A seguir, trechos da entrevista que ela deu à Marie Claire por telefone e depoimentos retirados da obra.

MARIE CLAIRE - Como era sua vida antes da doença?
SUSANNAH CAHALAN - Eu tinha muita energia. Jamais alguém me descreveria como uma garota calma, paradona [risos]. Trabalhava no que sonhei desde menina, jornalismo, e cada dia ia a um lugar diferente para cobrir crimes ou entrevistar celebridades. Às vezes ficava na redação até 1h da manhã e ainda saía para ver um amigo DJ tocar na balada até as 4h. No dia seguinte, estava de volta ao trabalho às 10h.  Eu havia começado a namorar Stephen, que hoje é meu noivo, e tinha me mudado para Manhattan para morar sozinha pela primeira vez na vida. Mas, de repente, tudo começou a desmoronar.

*Meu comportamento vinha se tornando mais errático a cada dia. Mas foi somente naquela manhã que a minha inconstância começou a assustar Angela, a amiga mais próxima do jornal.
– Na Times Square. As cores, os outdoors: eles brilham demais. Estão brilhando mais do que nunca.
– Você deve estar com muita ressaca – ela riu, nervosa. – Não bebi nada. Acho que estou ficando louca.[...] Frustrada com a inabilidade de expressar o que estava acontecendo comigo, bati as mãos no teclado. – Não consigo fazer isso! – gritei. – Susannah, Susannah. Ei, o que está acontecendo? – perguntou Angela, surpresa com aquela explosão. Nunca fui de fazer cena e agora todos estavam olhando para mim. Senti-me humilhada e exposta, e lágrimas quentes desceram pelo meu rosto até caírem em minha blusa.[...] Outra repórter se virou para mim. – Susannah, você está bem? [...] As lágrimas continuavam escorrendo por meu rosto, mas fiquei surpresa ao perceber de repente que não estava mais triste. Estava bem. Não apenas bem. Feliz. Não, não apenas feliz: sublime, melhor do que jamais havia me sentido em toda a minha vida! As lágrimas continuavam a vir, mas agora estava rindo."

"Ver os vídeos no hospital foi chocante. Neles, estou louca, possuída"

MC - Como se sentia nas primeiras crises?
SC - Ah, me sentia uma inútil, desapontada comigo mesma. Não conseguia me concentrar e então passei a duvidar da minha capacidade. O jornalismo é uma profissão dura em que todos, mesmo saudáveis, se perguntam: vale a pena? Quando a doença progrediu, comecei a pensar que talvez Nova York fosse demais para mim, ou que não era feita para a vida de repórter. E logo depois piorei muito mais.

"Stephen [o namorado de Susannah] foi acordado por uma série de lamentos muito estranhos, que ressoavam com o barulho da TV. [...] Quando se virou para me olhar, estava sentada com os olhos escancarados e as pupilas dilatadas, sem observar nada.
– Ei, o que houve?
Nenhuma resposta. Quando ele sugeriu que eu tentasse relaxar, virei-me para ele com um olhar que passava através de seu rosto, como se estivesse possuída. De repente, joguei os braços para frente como uma múmia e revirei os olhos. Enquanto isso, meu corpo enrijecia. Arfava por falta de ar. [...] Comecei a vomitar sangue e espuma, que jorravam da minha boca por entre os dentes cerrados."

Susannah com o dr. Najjah, médico que fez o diagnóstico correto. À direita, o teste aplicado pelo neurologista (Foto: Acervo pessoal / Reprodução)
MC - Foi difícil escrever o livro?
SC - Muito, em especial ver os vídeos do hospital, em que eu agia como uma louca. Eu havia feito entrevistas com médicos e pessoas próximas para reconstruir o perío¬do da doença e, quando diziam algum detalhe interessante, pensava: “Isso é ótimo para a história!”. Mas, ao ver os vídeos, caí na real: estava escrevendo sobre mim mesma! Em um deles, estou tendo uma alucinação e pareço realmente assustada. Nunca tinha me visto assim – ninguém tem fotos de si mesmo quando está em pânico. Foi muito perturbador.

"Na TV do hospital onde estava internada, vi a seguinte chamada [uma alucinação]: “Investigaremos o que está acontecendo com a repórter Susannah Cahalan, atualmente no hospital New York University”, anuncia uma âncora com o cabelo ajeitado. Eu sou a notícia de destaque.
– Estou no jornal! – grito. Ninguém responde.
“Seu pai foi preso recentemente pelo assassinato da esposa”, a âncora diz enquanto a câmera enquadra meu pai, que anda algemado em meio a um mar de paparazzi, flashes e repórteres com cadernetas abertas e prestes a partir para cima dele. Fui tão idiota. Não deveria ter atendido os telefonemas dos meus colegas. Eles estão escrevendo em segredo tudo o que estou dizendo. [...] Agarro o botão de emergência para chamar os enfermeiros. Eles precisam saber do complô."

"Vi que a personalidade depende da química. Somos muito frágeis"

MC - Como seus pais lidaram com a sua loucura?
SC - Eles simplesmente não falam sobre isso. Meu pai nunca leu o livro. É difícil demais para ele. Quando estava colhendo informações para a obra e precisava perguntar algo, ele começava a chorar. Então passei a enviar perguntas por e-mail, e ele me respondia da mesma forma. Já minha mãe tende a minimizar o que passei, acho que pelo mesmo motivo. Ela é mais: “Acabou, acabou, nunca mais vamos falar a respeito”.

"Já estava bem claro que eu não seria uma paciente fácil, a julgar pela maneira como gritava para os visitantes e dava coices nas enfermeiras. Quando Allen [o padrasto de Susannah] chegou, apontei e gritei para ele, insistindo para que “tirassem aquele homem do meu quarto”. De modo similar, acusei meu pai aos berros de ser um sequestrador assim que ele chegou e ordenei que o barrassem também. Como ainda estava em meio ao ataque psicótico, a realização de diversos testes se tornou inviável. [...]
– Em que ano você foi diagnosticada? – perguntou a neurologista.
– Ele está armando para cima de mim. – Quem está armando? – Meu pai. – O que você quer dizer? – Ele está virando outras pessoas. Ele está se transformando em pessoas diferentes para me pregar uma peça."

Susannah em recuperação ao lado do namorado, Stephen; o eletroencefalograma que mostrou inflamação cerebral; a jovem ao lado da mãe no hospital (Foto: Acervo pessoal / Reprodução)
MC - Enquanto isso, como seu caso evoluía?
SC - Com uma chance considerável de que eu entrasse em coma. Há muitos estágios da doença e, no meu caso, ela caminhava nessa direção. Eu seria entubada e não poderia respirar sozinha. Nessa situação, algumas pessoas morrem.

"Novos sintomas perturbadores afloraram no início da segunda semana. Minha mãe havia chegado no meio da manhã e percebera que minha fala havia piorado consideravelmente, como se minha língua fosse cinco vezes maior do que a boca. Eu babava e, quando estava cansada, deixava a língua do lado de fora da boca como um cachorro sentindo calor. [...] Também parei de emitir frases completas, alternando tergiversações, monossílabos e, às vezes, apenas grunhidos. [...] Meus braços se enrijeciam à minha frente."

MC - Você estava prestes a ser transferida para a ala psiquiátrica quando o neurologista Souhel Najjar entrou no seu caso. O que ele fez?
SC - Pediu que eu desenhasse um relógio, e coloquei todos os números no lado direito do desenho, ignorando a metade da esquerda. Isso mostrou um problema no meu hemisfério direito e provou que minha doença não era psiquiátrica. Havia uma inflamação grave no meu cérebro, ele estava em chamas, e o dr. Najjar o investigou até descobrir por quê. Eu não sabia, mas carregava um tumor no ovário que desencadeou uma rara reação autoimune. Meu corpo atacou com anticorpos um tipo de receptor cerebral chamado anti-NMDA."

"– Eu… não… me sinto… beeeeeeeeem – eu disse enquanto estendia os braços para fora da cama.
Stephen [o namorado] seguiu os meus comandos, rebaixou as barras de proteção e me guiou para fora da cama. Tive falta de ar outra vez e comecei a chorar. Stephen apertou o botão de emergência.
– Meu... coração... dóóóóóóói – eu disse enquanto segurava o peito e me contorcia no chão frio do hospital. – Não... consigo... reeeespiraaaar. Uma enfermeira entrou correndo no quarto. Ela checou meus sinais vitais e verificou um nível de pressão sanguínea ligeiramente alto de 15,5/9,7. [...] Naquela noite, saí em disparada do quarto do hospital e cheguei até o corredor, onde um grupo de enfermeiros me capturou e me levou de volta à sala de emergência enquanto eu lutava ferozmente, chutando e gritando. Foi a minha primeira – mas não a última – tentativa de fuga."

MC - Como  foi a recuperação? Tem medo de que a doença volte?
SC - Foi longa. Durou um ano e meio e foram necessárias transfusões de sangue, hormônios e novas internações. Aos poucos, fui resgatando meu antigo “eu”. O índice de recaída da doença que tive varia de 20% a 30%. É assustador, mas é algo com que tenho de lidar. Não deixo de tocar minha vida, viajo sozinha, me viro, mas, se fico triste ou emotiva, logo penso: “Sou eu mesma ou é a doença voltando?”.

"Uma coisa que toda essa experiência está me ensinando aos poucos é como sou sortuda. No lugar certo, na hora certa. NYU, Dr. Najjar, Dr. Dalmau [que estudou e catalogou a encefalite autoimune de receptor anti-¬NMDA, nome técnico da doença de Susannah]. Sem esses lugares e essas pessoas, onde estaria hoje? E se eu tivesse sido acometida por essa doença apenas três anos antes, antes que o Dr. Dalmau tivesse identificado o anticorpo, onde estaria? Apenas três anos dividem a linha entre uma vida plena e uma meia-existência em uma instituição psiquiátrica ou, ainda pior, um fim prematuro em uma tumba sólida e fria.[...] O Dr. Najjar estima que noventa por cento das pessoas que sofriam dessa doença em 2009, a época em que fui tratada, ficaram sem diagnóstico."

MC - Como esse mês de loucura marcou você?
SC - Foi realmente chocante descobrir que características centrais da minha personalidade podem mudar do nada, e não tenho controle sobre elas. A ideia de que nosso jeito de ser mora na nossa química cerebral é muito maluca. Somos de fato muito frágeis. Entendi isso.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Suicídio em família

A Comunidade Científica nos informa a Probabilidade de tentar o Suicídio e 2 à 3x vezes superiores em Mulheres, enquanto os Homens apresentam Uma Probabilidade Quatro vezes Maior. A ESCOLHA fazer o Suicídio, PODE Ser influenciada Pela disponibilidade de Meios, isso e Variável em Função do género feminino ou masculino.

Como lidar com uma Perda?

Se Teve alguem na sua  vida Que se suicidou, provavelmente Sente culpa e Sente Que transporta Consigo o peso Dessa vida perdida. a culpa NÃO É SUA. A Responsabilidade disto Que Aconteceu, Não estava NAS SUAS Mãos.

TERAPIA DO SONO CONTRA TRAUMAS

Está cansado de ficar virando na cama até cair no sono? Exausto de acordar às 3 da manhã e não conseguir voltar a dormir? A ajuda está disponível de uma forma que pode surpreendê-lo: terapia cognitivo comportamental (TCC).

Talvez você nunca tenha passado por uma situação tão forte. Mas certamente guarda na cabeça algum momento, ou mais de um, que preferiria eliminar - mas que sempre acaba relembrando sem querer. Todo mundo coleciona algumas lembranças ruins ao longo da vida. Isso é inevitável. Mas, no que depender de pesquisadores de várias partes do mundo, vai deixar de ser. Eles estão trabalhando duro.

TCC combina terapia cognitiva e terapia comportamental. A terapia cognitiva centra-se em seus pensamentos e crenças e como eles afetam o seu humor e comportamento. Seu objetivo é ajudá-lo a mudar o seu pensamento para ser mais saudável e mais adaptável às diversas situações. A terapia comportamental se concentra em suas ações. Seu objetivo é ajudá-lo a mudar seus padrões de comportamento doentio. A TCC, então, ajuda você a se concentrar em seus problemas atuais e desenvolver habilidades de enfrentamento para gerenciá-los.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Cuidado ao deixar seu carro com um flanelinha ou manobrista


Parece que os carros ficam mais seguros na rua mesmo, longe desses caras. É mais garantido deixá-los a mercê de motoristas barbeiros (ou bêbados), mendigos, cafetões e ladrões. O único problema ali são os “flanelinhas” — que, mais uma vez, provam como no Brasil a mania de confundir o público com o privado não é exclusividade dos políticos. Além de fingir que “trabalham” na rua, praticam a extorsão a céu aberto. O lado bom é que os “flanelas” proporcionam sempre uma boa oportunidade para praticar o truque do “João sem braço”… Ou melhor, do “João sem troco”. Então, não se esqueça de caprichar na cara de bobo, ok? Boa sorte…


Por Diogo Salles




quarta-feira, 6 de maio de 2015

Boneco KEN Brasileiro

Quanto vale um sonho?
Para Maurício Galdi, o “Novo Ken Humano”, seu sonho custou cerca de R$ 100 mil, mais de 15 cirurgias plásticas e incontáveis procedimentos estéticos.
"Escutei a minha vida inteira que era um exagero. Mas é uma vontade, um sonho e um objetivo meu", analisa ele, que não se incomoda com o desgaste das cirurgias. "Para mim não é um sacrifício e sim um prazer passar por essas intervenções cirúrgicas.



Já Glenda enfrentou uma depressão após um momento complicado e engordou 60 Kg. Mas tem um detalhe, atualmente, ela se sente muito mais feliz e descobriu os benefícios de ter uma autoestima elevada, além disso, tem um blog especializado no universo plus size.

Assista o Vídeo deles!


terça-feira, 5 de maio de 2015

Como Manter a Sanidade na Era Digital

O que precisamos é de uma tecnologia que possa ser usada para reduzir o desejo – e o Watch não é um mau começo. O que o relógio da Apple oferece, acima de tudo, é restrição: no tamanho da tela, na duração de bateria, nas funcionalidades. É uma tecnologia que permite uma pessoa minimizar a Era das Notificações – ao desligar os alertas ou personalizá-los de forma que soem apenas por meio de ligações importantes. O relógio pode armar barreiras entre você e as notificações; entre você e o smartphone; entre você e a Era da Distração.
Com certeza há um elemento de "solucionismo" aqui – aquele termo usado por Evgeny Morozov para se referir à busca de uma solução tecnológica quando talvez ela não seja necessária. Mas o que o exemplo do Walkman e iPod sugere é que a tecnologia não corrompe um estado ideal, arruinando, por exemplo, a calmaria da ida ao trabalho com fones de ouvido; ele dá a entender que a tecnologia muitas vezes é uma reação a uma série de circunstâncias que a própria tecnologia criou.
É possível, então, que um relógio inteligente ofereça algum controle sobre nossas dependências a fim de torná-las úteis novamente? O Apple Watch talvez não seja esse aparelho. Talvez ele seja mágico demais – ele tem aquele DNA da Apple que nos induz ao uso compulsivo – para funcionar como uma maneira de controlar o desejo de distração. Mas talvez o conceito do relógio inteligente faça isso no futuro: dentro da limitação de sua tela, no espaço entre o pulso e o bolso, possamos encontrar uma barreira entre nós mesmos e um mundo feito para nos distrair incessantemente.
Tradução: Thiago “Índio” Silva

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A ciência por trás da 'lábia' dos vendedores

Se eu dissesse que esta é a reportagem mais importante que você lerá nesta semana, provavelmente não acreditaria em mim. Mas e se eu informasse que 75% de seus amigos concordam comigo?

Ou que nove entre dez pessoas da sua idade, nível de formação e renda julgaram este texto relevante para elas? É bem provável que você continuasse lendo.

Muitos de nós sabemos que profissionais de vendas frequentemente recorrem a truques psicológicos para convencer clientes a comprar seus produtos, mesmo que eles não saibam por que essas técnicas funcionam.

Também podemos achar que estamos imunes a esse tipo de manipulação. Mas há cada vez mais indícios científicos de que somos influenciados sem perceber.
Por que, então, esses truques são tão eficientes? Vejamos seis deles.

1. Recorra a comparações falsas
Em nome da Ciência, o professor de psicologia social Robert Levine, da Universidade Estadual da Califórnia em Fresno, se passou por vendedor em uma loja de carros usados no começo dos anos 2000. Ele relatou a experiência no livro The Power of Persuasion: How We’re Bought and Sold ("O poder da persuasão: como somos comprados e vendidos", em tradução literal).
Levine descobriu rapidamente que muitos comerciantes do ramo não sabiam de cor todos os detalhes sobre os vários modelos à venda. Apenas memorizavam alguns fatos básicos que se aplicavam a todo o lote – e exibiam os carros em uma ordem estratégica.
Ao fazerem isso, os vendedores lançavam mão do conceito de "ilusão monetária": quando um cliente não conhece o valor intrínseco de um produto, a loja estabelece uma taxa básica que é usada para enfatizar o preço excepcional de outro item, em comparação.
"Se uma loja coloca vários modelos de cafeteira por US$ 200 ao lado de uma de US$ 400 que faz praticamente a mesma coisa, as de US$ 200 de repente parecem ser uma pechincha", explica Levine. "Isso funciona porque a maioria de nós não faz ideia de quanto uma cafeteira realmente deveria custar."
Para Levine, no entanto, entender esse truque não o ajudou como vendedor – ao fim de sua experiência, ele conseguiu vender apenas um carro.
Leia mais: O mistério de ficar 'bêbado' com um simples prato de massa

2. Enfatize as coincidências
Vendedores de carros exibem modelos segundo uma ordem estratégica
Pesquisas mostram que estamos mais propensos a comprar algo de alguém com quem simpatizamos e em quem confiamos – e isso acontece quando encontramos uma pessoa mais parecida conosco, mesmo que por mera coincidência.
Jerry Burger, professor da Universidade de Santa Clara, nos Estados Unidos, estuda como e quando as pessoas têm mais chances de obedecer a solicitações que envolvem um custo pessoal – como entregar seu dinheiro, por exemplo.
Em uma série de experiências, Burger e seus colegas demonstraram como algumas casualidades – ter o mesmo nome ou o mesmo dia de aniversário – podem mudar nossa atitude em relação àquela pessoa.
Um dos experimentos consistia em usar uma pesquisadora para pedir doações para vítimas de uma doença rara a mulheres que tinham se voluntariado a participar de um outro estudo. Quando a pesquisadora usava um crachá com o mesmo nome da voluntária, esta doava até o dobro da quantia do que as participantes com nomes diferentes.
Leia mais: A mistura coreana-mexicana que está conquistando os EUA

3. Invente uma demanda
Outro truque comum é fazer com que um produto pareça estar sendo consumido vorazmente por outros compradores.
No best-seller Sim! – 50 Segredos da Ciência da Persuasão, os psicólogos Robert Cialdini, Noah Goldstein e Steve Martin lembram das histórias da publicitária de televendas Colleen Szot, que usava em seus anúncios frases como "Se nossos operadores estiverem ocupados, por favor ligue novamente" para fingir que determinado artigo estava sendo um sucesso de vendas.
"Por princípio, olhamos para os outros para tomarmos nossas próprias decisões, o que chamamos de ‘prova social’. Isso aumenta as vendas de um determinado produto", relatam os autores.
Quando existe uma oferta limitada de um determinado artigo, mostrar que outras pessoas o estão comprando também enfatiza a noção de escassez – algo que, por algum motivo, nos provoca bastante. Basicamente, detestamos perder "oportunidades únicas", mesmo quando elas não são realmente únicas.
Leia mais: Por que a culpa aumenta o prazer?

4. Apresente as vantagens aos poucos; aglomere os prejuízos

Um truque comum é fazer parecer que um produto está sendo consumido por outros compradores
Sucesso no mundo das televendas nos anos 80 e 90, o comercial das facas Ginsu foi um dos primeiros a usar a técnica do "Mas isso não é tudo. Tem mais!", oferecendo produtos adicionais para quem comprasse o famoso utensílio.
Era um exemplo de como anunciar os "brindes" pouco a pouco. Se o cliente souber de todas as vantagens de uma só vez, a venda será menos eficiente.
Mas, enquanto as vantagens funcionam melhor se espalhadas em um intervalo de tempo, preferimos sentir os prejuízos todos de uma só vez.
É comum um vendedor nos oferecer algo extra na hora de formalizar a compra, como uma garantia adicional, por exemplo. Ele sabe que este é, na realidade, o melhor momento para convencer alguém a gastar um pouco mais de dinheiro, quando a pessoa já se comprometeu a pagar muito mais pelo item principal.
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5. Induza o sentimento de obrigação

Estudos também já demonstraram que quando uma pessoa recebe um favor de alguém, ela se sente obrigada a retribuir – o que cientistas sociais chamam de "princípio da reciprocidade".

Esse sentimento pode ser forte: em estudo de 2006, Burger e seus colegas descobriram que as pessoas tendem a prestar um segundo favor para alguém mesmo quando já retribuíram o primeiro.

"Obviamente, via de regra, retribuir um favor é algo positivo", afirma Burger. "O problema é quando essa regra é explorada."

Certamente, vendedores aprenderam a usar esse comportamento em seu próprio benefício.
"Alguns profissionais fazem um esforço a mais pelo cliente, realizando todo tipo de agrados, porque sabem que será difícil ele dizer ‘não’ depois. As pessoas se sentem mal em aceitar algo de graça ou quando percebem o tempo e o esforço de alguém sem lhes dar nada em troca", diz Burger. "Pode ser um truque – e o sentimento de obrigação é difícil de resistir."

6. Jogue com as emoções
Segundo o especialista em ciência da persuasão Steve Martin, somos particularmente influenciáveis quando estamos com a cabeça cheia ou hesitamos quanto à melhor direção a tomar. "Como não temos aquele espaço para pensar, não sobra tempo ou recursos para nos perguntarmos sobre se estamos realmente tomando a decisão mais correta", explica.
Algumas pesquisas sugerem que as emoções também afetam nossa atividade comercial – tanto como comprador quanto como vendedor.
Um estudo de 2004 da Universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh, mostrou que os participantes estavam dispostos a gastar 30% a mais por um artigo quando antes assistiam a um trecho triste de um filme – os vendedores que viram o mesmo trecho chegaram a baixar o preço do artigo em 33%.
Outro estudo, da Universidade de Chicago, mostra que pessoas tidas como particularmente emocionais têm menos capacidade de perceber diferenças numéricas e atribuir valores de maneira racional.
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Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Future.

Cientistas apresentam técnicas para rendimento intelectual

A estimulação cerebral com eletrodos aplicada sem dor será uma prática habitual em dez anos para melhorar o rendimento intelectual e a implantação de chips no cérebro permitirá que deficientes escrevam com a mente e se curem de algumas doenças neurológicas.

Esses são alguns dos avanços nos quais trabalham os neurocientistas. Alguns deles estiveram nesta quarta-feira no evento sobre estimulação cerebral B Debate, realizado na cidade de Barcelona.

Segundo os especialistas, a estimulação cerebral sem dor através de eletrodos poderá melhorar o rendimento mental das pessoas, assim como o café ou outras bebidas energéticas, e poderão inclusive estimular com padrões personalizados.

Entre os avanços próximos para pacientes com paralisias estão "poder escrever mensagens de texto e controlar outros dispositivos com o implante de um chip no cérebro", explicou a neurocientista Mavi Sánchez Vives.

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Além disso, os chips "poderão registrar a atividade cerebral, analisá-la em linha e escrever pensamentos e até mesmo navegar 'online'".

De acordo com Sánchez, a neuroestimulação elétrica de determinadas regiões do cérebro já mostrou benefícios ao tratar os sintomas de depressão, bloquear os ataques de epilepsia, induzir a recuperação de um acidente vascular cerebral e controlar os tremores do Parkinson.

Ao longo dos próximos dez anos também haverá o avanço das próteses sensoriais e visuais, que gerarão estímulos na crosta cerebral e poderão proporcionar informação visual a cegos.

A cientista se mostrou a favor do uso de aplicativos móveis para controlar atividades cerebrais como o sonho, mas alertou que "é preciso ir com cuidado em relação às estimulações no cérebro, já que não se sabem os efeitos a médio e longo prazo".

Na opinião de Sánchez, a vida dos pacientes com paralisias ou doenças que não os permitem se comunicar com o exterior "pode melhorar muito ao longo destes anos".

A especialista diferenciou dois tipos de tecnologia aplicáveis: a não invasiva, que pode ser utilizada para uso lúdico, já que não envolve afetação ao cérebro; e a invasiva, que requer neurocirurgia e "só é justificada no caso de pacientes".

Da redação de Época Negócios

cérebro; mente; pensamento (Foto: Thinkstock)

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