Acabo de assisti ao filme "Freud além da alma", o qual poderá ser baixado no link (http://www.archive.org/details/Pfilosofia-freud383-4).
Apesar de antigo, é interessante o desenrolar de como a hipnose foi utilizada por muito tempo e, hoje, constata-se que, o ato de dialogar com o paciente pode reconstruir a teia do passado e, assim, compreender o presente e suas peculiaridades.
Interessei-me por depreender que algumas atitudes nossas, maneira de se expressar, dirigir-se ao próximo, "fugir" de certas ocasiões, enfim, de sermos o que somos, correspondem a diversos traumas e repressões ocorridas em determinada época da existência. O obscuro é que, nem sempre podemos resgatar do nosso consciente, isto é, trazer à memória o que possivelmente encontra-se encarcerado. Esse bloqueio ao acesso vale pelo fato desse conteúdo encontrar-se em um outro setor psíquico, o inconsciente.
Não quero tentar explicar tais processos, pois sou bastante leigo no assunto, porém, é extraído das cenas a percepção de como nosso inconsciente também afeta as funções não apenas psicológica, mas também motoras do indivíduo. É estar paralisado na mente, consequentemente, o corpo também o estará.
Além disso, a importância dos sonhos, talvez meras divagações surreais para muitos, é revigorada ao máximo na visão freudiana como parte justificável de lembranças que refletem o posicionamento do ser humano. Resgatar algumas informações por meio da exposição dialogada dos pensamentos é algo extraordinário! É como se o ouvinte adentrasse no mundo singular do labirinto de alguém, tentando encontrar uma saída, ou até mesmo uma luz no fim de um túnel. É capturar, perspicazmente, quaisquer detalhes da fala, expressão esta da essência humana, a fim de obter algum êxito em compreendê-la em sua viagem da alma. É atentar para a mais singela palavra, se desdobrar sobre seu significado e, entender que, seu vigor para alguém, merece determinada atenção.
Vale a pena assistir ao filme pois existem diversos esclarecimentos acerca das emoções, da repressão humana, da tranferência, da sexualidade e do cárcere que muitos de nós enfrentamos no decorrer de todo o nosso tempo.
Por: Hugo Otávio
Data: 20/03/2010
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